Avaliando primordialmente sob a ótica qualitativa

Sou a professora Rosilene Brito Mourão, leciono a disciplina de História, na Escola de Ensino Médio Belo Porvir.
Ver-se que muito embora a avaliação no seu aspecto qualitativo seja extremamente subjetiva e de difícil mapeamento, visto que a quantidade de alunos e a complexidade de sua realização é desafiadora, ela é essencial e indispensável neste momento de enfrentamento do Covid-19. A mudança que se exigiu nesta transição imediata e não planejada para o ensino online não nos dispensa do cumprimento do que é prescrito legalmente e do que se construiu histórica e socialmente acerca da prática de uma avaliação contínua e cumulativa que sobreponha os aspectos qualitativos aos quantitativos.
Sabe-se bem que a maior parte dos professores brasileiros não foi preparada para integrar tecnologia nos processos de ensino aprendizagem e para ensinar de forma online, mas também é necessário que não se esqueça que a prática muitas vezes, e até mesmo em muitos lugares, ela é bem diferente da teoria e que muito embora o ideal quanto ao uso desses recursos onlines fosse em um ambiente que reúna (e registre) todo o conteúdo disponibilizado pelos professores aos alunos, o mais importante é garantir a prática da equidade. É fundamental avaliar se todos os alunos terão acesso aos conteúdos disponibilizados pelos professores. Gestores e professores devem estar atentos aos casos onde a participação de alunos nas atividades online não for possível e buscar formas alternativas de garantir o acesso, ainda que na prática isto tenha que ser feito por meio dos chamados grupos de comunicação como Whatsapp ou Telegram entre os profissionais da escola e dos professores com seus alunos também podem ser úteis para manter uma via de comunicação mais rápida e direta, é desta forma que com um registro paralelo que o professor poderá construir uma avaliação que privilegie o aspecto qualitativo e não o meramente o quantitativo.