Avaliação Qualitativa

Maria Elenir Lima Rodrigues Farias - Assessora Pedagógica do NEMTI

Como se sabe, a avaliação escolar está presente no cotiano de estudantes e professores. Isso ocorre quando o professor observa, registra e analisa, por exemplo, a participação, o interesse e o desempenho dos mesmos nas atividades propostas cotidianamente.
A esse processo de avaliar diariamente os estudantes, sem a finalidade de apenas mensurar o que aprenderam, damos o nome de avaliação qualitativa. Isso porque, mais que medir, ela visa propiciar momentos de reflexão e aprofundamento sobre a aprendizagem dos estudantes, o desempenho profissional do professor e a qualidade de ensino oferecida pela escola.
Nada impede, portanto, que esses registros avaliativos se transformem em notas, porém o foco é o acompanhamento do percurso de aprendizagem dos mesmos, a qualidade do ensino oferecida pelos professores e, em consequência, pela escola. Por isso, justifica-se a importância de acompanhar o seu percurso, suas dificuldades, seus avanços e potencialidades, como norte para o (re)planejamento dos professores em relação às suas aulas.
É, pois, através dos registros diários, de toda ação que permeia o processo ensino-aprendizagem, que a avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com "prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais” (Lei 9394/96, art. 24, inc. V, alínea a) irá se efetivar no âmbito sala de aula.
Nesse contexto, está entre os instrumentos essenciais para a garantia de uma avaliação qualitativa: o portfólio de cada estudante (onde ele expõe o que sabe sobre o assunto, o que precisa aprender, o que de fato aprendeu e em que precisa se aprofundar); a realização de atividades que envolvam observação, análise e sintese e que retomem aquilo que o estudante ainda não aprendeu; fóruns; gincanas educativas; debates; resumos; etc.